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terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Obituário (em 22/07/2005)

Belmira Pires D’Andrea, 106 anos, morreu no dia 17 do corrente, em Santa Maria. A missa de 7º dia ocorrerá sábado, dia 23, às 18:30 horas , na Igreja Sagrada Família, rua José do Patrocínio em Porto Alegre.

Belmira nasceu em Alegrete – RS, foi casada com o cidadão italiano João Batista (Giovambattista) D’Andrea. Ficou viúva aos 39 anos, com 7 filhos e os criou e educou sòzinha (sòzinha não, com o auxilio de sua máquina de costura, seu instrumento de trabalho, com a qual fazia belos vestidos e trajinhos para as senhoras notáveis e elegantes do Alegrete; nela trabalhava da manhã à noite, só parando no Domingo, dia do Senhor).

Deixa numerosa descendência: 7 filhos (Luzia, Pedro, Francisca, Domingos, Isabel, Glória e Francisco), 18 netos, 32 bisnetos e 10 tetranetos.

Não tinha títulos honoríficos; foi, no entanto, bacharel no trabalho honesto e persistente, doutora na doação incondicional aos seus, mestra no exemplo de luta, amor e fé.

Uma frase lhe serviria bem como epitáfio, aquela de São Paulo na II Epístola a Timóteo, capítulo 4, versículo 7: “ Combatí o bom combate, acabei a corrida, mantive a fé”.
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Adendo: Há 2 dias fiquei sabendo, por minha irmã Luzia, do seguinte fato que bem demonstra o ânimo de Belmira:

Logo que a mãe ficou viúva, houve um casal de parentes que queriam adotar nossa irmã Isabel, na época com 8 ou 9 anos; Belmira negou-se a separar os irmãos, queria que nós crescêssemos juntos (apesar das dificuldades que iríamos enfrentar). Não sei suas palavras exatas na ocasião, mas sendo uma mulher de origem campeira deve ter dito:

---Meus filhos não são como filhotes de perdiz que mal saem da casca do ovo vão um para cada lado e nunca mais se veem!

Um comentário:

Maria Luiza Vargas Ramos disse...

Sinto muito pelo falecimento de sua mãe. O fato dela já ter passado dos 100 anos é notável, principalmente diante dos trabalhos que deve ter tido para criar e educar 7 filhos sozinha.
Então o marido da dona Glacy, parece que se chama Pedro e é alfaiate, é seu irmão? Por onde andam eles?
Chi... vejo agora que este texto foi escrito há tempos. Não importa, fica meu pesar do mesmo jeito. Um abraço amigo.