Seguidores

sexta-feira, 14 de março de 2008

Saudade da Corte

Francisco Carlos D’Andrea (*)

A Corte no Brasil durou pouco mais de 80 anos, mas deixou saudade!
Saudade que se manifesta principalmente no Carnaval, quando a parte mais pobre da população se transveste em reis e nobres, com suas perucas empoadas – nobreza efêmera que não dura mais que 4 dias!
Saudade que se manifesta no linguajar, onde quem tem civilidade ou urbanidade é cortês, procurar conquistar alguém é cortejar, pessoa de vida airosa é cortesã, etc.
Saudade que se manifesta na política e nos parlamentos, onde vereadores, deputados e senadores se tratam por “nobre colega”.
Saudade que se manifesta no judiciário, onde juízes e advogados se tratam por “vossa excelência”.
Saudade que se manifesta na religião, onde bispos católicos são Dom e moram em Palácio Episcopal.
Saudade que respingou na Gazeta de Alegrete onde, satirizando a falsa nobreza, há um Barão de Ktutinha, alter ego do nosso Poeta da Aldeia, Hélio Ricciardi dos Santos.

(*) Engº Civil, ferroviário aposentado.

Nenhum comentário: